Reitora da Unir, Berenice Tourinho (Foto: Ascom/Unir) |
Nascida em
Manaus, no Amazonas, Maria Berenice Alho da Costa Tourinho é filha de pai amazonense e mãe paraense. Graduada em Ciências Sociais
pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), mestre em Serviço Social e
doutora em Psicologia Social e do Trabalho, hoje é reitora da Universidade Federal de Rondônia (Unir).
Berenice também é docente e pesquisadora
permanente do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Administração da Fundação
Universidade Federal de Rondônia; e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas
em Educação Superior. Em suas linhas de pesquisa, atua em
projetos relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes e
tipologias de pobreza.
Quando do ingresso
como docente no ensino superior público há 25 anos, Berenice Tourinho expõe que
sonhava em agregar algo de valor sociocultural para a sociedade e ainda acredita
que é possível construir um novo mundo através da educação de qualidade e que,
educando os adultos, atinge-se de maneira progressiva os mais novos.
Enquanto docente
na Unir, teve no ano de 1999 a oportunidade de realizar um doutorado na Universidad de La Habana, em Cuba e, com
um grupo de cerca de seis professores, não hesitou em aceitar o desafio. A
reitora evidencia que a chance de fazer o doutorado em outro país foi
extraordinária, causando um crescimento pessoal e profissional, pois, quando se
estuda no Brasil, tem-se um sistema político idealizado da educação superior no
exterior e poder participar de perto é de um valor inestimável.
Moldada pelos
fundamentos da sociologia, a pesquisadora tem como ideologia criar uma
sociedade mais inclusiva e igualitária em aspectos como a educação, saúde,
cultura e segurança, em contraposição à persistência de desvios ou
irregularidades nos direitos e deveres que cada membro tem em uma sociedade, e
que, cria-se espaço para a dessemelhança social atuando na estrutura que rege a
nossa sociedade através de uma educação de qualidade.
Com o bordão Bere is Nice (inglês para Bere é Legal),
torna-se a primeira mulher a assumir o cargo de reitora da Unir, sendo eleita no
ano de 2012 com mais da metade dos votos pela comunidade acadêmica, corpo de
docentes e servidores da instituição presentes nos oito campi da universidade.
Quando
questionada se sofreu algum tipo de discriminação ou desrespeito por
ser mulher e estar à frente de um cargo de chefia, a docente diz que nunca se
sentiu menosprezada ou foi tratada com falta de respeito. Acredita que um dos principais
fatores que contribuíram para essa forma de tratamento ter sido sempre de
maneira igualitária foi o fato de mulheres terem sempre sido a maioria no
ensino, tanto como docentes e discentes, quanto em posições de alto cargo.
Aproveita e, de forma descontraída, diz que em alguns anos, mesmo com a
diferença salarial que existe entre os sexos, as mulheres estarão cada vez mais
à frente de cargos hierarquicamente superiores no Brasil e no mundo.
Pauta e texto: Allonnso Prudente (6º período)
Edição: Marcela Ximenes
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