sábado, 6 de dezembro de 2014

Profissionais da saúde de Rondônia se preparam para atender possíveis infectados com vírus ebola

Em Porto Velho, Samu possui uma ambulância equipada para atender casos suspeitos. Profissionais receberam treinamento.

Simulação do avião com possível vítima do ebola (Foto: Joéliton Menezes/Focas do Madeira)
O vírus ebola foi registrado em 1976, na região da África principalmente em, Guiné, Serra Leoa e Libéria. A principal fonte de contaminação dos humanos é através do contato com animais que podem transmitir a doença como o morcego que não desenvolve a doença, mas que consegue transmitir. Outra forma de contaminação é através de pessoas que tiveram o contato prévio ou se alimentaram da carne de alguns animais contaminados com o vírus.

O médico João Gustavo Rodrigues, responsável pela Comissão de Suporte e Investigação nos casos suspeitos do vírus ebola no estado de Rondônia, fala que os sintomas da doença podem começar semelhante a uma gripe, como dor de cabeça, coriza, dores musculares, cansaço e até um quadro de hemorragia interna do terceiro ao quinto dia, e principalmente necrose nos órgãos internos como pâncreas, fígados e baço, e a pessoa morre por sangramento.


A principal porta de entrada em Porto Velho de possíveis contaminados seria pelo Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho, onde desembarcam milhares de pessoas todos os dias. O encarregado de SGSO (Sistema de Gerenciamento e Segurança Operacional) e representante do Comitê de Prevenção do Ebola em Porto Velho, Juscelino Moraes, relata que foi criado um plano de contingência do aeroporto para combater possíveis casos da doença.

Simulação Retirada do paciente suspeito de ebola (Foto: Joéliton Menezes/Focas do Madeira)

Juscelino afirma que se houver um passageiro suspeito dentro do avião o comandante da aeronave aciona a torre de controle, que por sua vez acionará a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),responsável pelo isolamento do paciente. Nenhum passageiro poderá descer da aeronave até autorização da Anvisa do aeroporto, nenhum veículo deverá se aproximar e o atendimento de rampa irá apenas sinalizar a aeronave, colocará a escada e aguardará a orientação do comandante. A Anvisa ao ser acionada deverá imediatamente acionar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) informando sobre passageiro suspeito da doença.

No dia 10 de outubro, a equipe do Samu passou por um treinamento no aeroporto de Porto Velho para possíveis casos da doença na capital. Na ocasião, os profissionais realizaram simulados na retirada dos pacientes dentro da aeronave para ambulância de resgate.

Possível atendimento
O médico João Gustavo afirma que a equipe do Samu deverá se deslocar para o aeroporto com ambulância devidamente preparada para o atendimento específico de suspeito do vírus ebola e avaliar o caso. Se constatada a suspeita, o paciente deve ser transportado para o Cemetron (Centro de Medicina Tropical de Rondônia) e de imediato o paciente e levado ao setor de isolamento e faz a princípio um exame diferencial de malária pelo fato da sintomatologia ser semelhante. 

O Cemetron não faz o exame do vírus ebola, será feita a coleta de sangue e encaminhada ao hospital de referência no Rio de Janeiro ou Pará, em menos de 24 horas o resultado do exame será conhecido. Sendo diagnosticado com o vírus, o paciente será transportado por uma equipe específica do Ministério da saúde aos hospitais de referência. Para o profissional a melhor forma de prevenção é a informação e conhecimento sobre a o vírus.


Ambulância e profissional devidamente equipados (Foto: Joéliton Menezes/Focas do Madeira)

Após a contaminação, o indivíduo tem um período de incubação da doença leva de 3 a 21 dias para aparecerem os primeiros sintomas, importante salientar que a transmissão só acontece quando os sinais se manifestam, ou seja, no período de incubação não acontece transmissão do vírus.


Pauta e texto: Joéliton Menezes
Edição: Marcela Ximenes

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