terça-feira, 9 de junho de 2015

Marechal Rondon desbravou a Amazônia e fez história

A instalação dos telégrafos na floresta amazônica ocorreu paralelamente a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

Rondon socializando com os índios. (Foto: reprodução)

A implantação das linhas telegráficas teve o objetivo de interligar através da comunicação lugares antes isolados do Brasil. O trabalho liderado pelo Marechal Rondon conseguiu concretizar o trabalho. Descendente de índios, Cândido Mariano da Silva Rondon, nasceu na cidade de Mimoso em Mato Grosso, o militar perdeu os pais ainda criança. Foi morar no Rio de Janeiro para ser criado pelo tio Manuel Rondon.


Quando cresceu tornou-se militar e foi designado para construir as linhas telegráficas entre o Mato Grosso e Goiás. Para uma nação que se consolidava, era preciso diminuir o isolamento do centro-oeste e das grandes metrópoles. Rondon melhorou a comunicação entre as regiões. Foram 32 estações em mais de dois mil quilômetros da linha principal e de ramais. Coube a Rondon abrir estradas, desbravar florestas, determinou mais de 200 coordenadas geográficas. No caminho encontrou muitas tribos que foram pacificadas.

Marechal Rondon (foto: Reprodução)
O doutor em história Marco Teixeira, da Universidade Federal de Rondônia (Unir), lamentou o “desaparecimento e do precário estado de conservação dos postos telegráficos que deram origem às cidades de Vilhena, Pimenta Bueno, Ji-Paraná, Jaru e Ariquemes, à exceção de Ji-Paraná”.

Rondon apresentou aos brasileiros um Brasil pouco conhecido numa época onde a população se concentrava basicamente nas regiões próximas ao litoral. O sertanista Cândido Rondon foi fundamental para retratar as regiões norte e centro-oeste do país. “É um homem que dedicou sua vida na pacificação de povos indígenas, ao contato, a trazer ao conhecimento do povo brasileiro o respeito às terras dos primeiros moradores do Brasil. Rondon que instituiu no Brasil a ideia que a terra indígena é inviolável, que para você entrar tem que pedir licença,” comentou o Mércio Pereira Gomes, antropólogo.

Em 1955, o sertanista recebeu do congresso nacional a patente de marechal. Um ano depois, o território federal do Guaporé passou a ser chamado de Rondônia. Único estado da federação que homenageia um personagem. O Marechal Rondon como ficou conhecido, nasceu em 05 de maio de 1865 e faleceu no dia 19 de janeiro de 1958.

Entre os anos de 1907 à 1915, a comissão Rondon implantou cerca de 20 linhas telegráficas de Cuiabá (MT) a Santo Antônio do Rio Madeira. A instalação dos telégrafos na floresta amazônica ocorreu paralelamente a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.“Tudo é pouco para exaltá-lo”, disse o governador de Rondônia, Confúcio Moura: “Rondônia deve a ele a sua própria existência; toda a reverência que se possa fazer à sua memória é mais que justificável”.

Presidente Roosevelt durante expedição com Rondon (Foto: Reprodução)

O sertanista não permitia nenhuma violência contra os povos da mata. “Morrer se preciso for, matar nunca”.Está é a frase mais famosa do Marechal, proferida e ensinada àqueles que o acompanhava nas expedições. O reconhecimento desta diplomacia veio através do físico alemão Albert Einstein, que indicou o nome do Marechal ao Prêmio da Paz em 1957.Com iniciativa de Rondon, em 1910 foi criado o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que era vinculado ao Governo Federal. Órgão que mais tarde daria origem a Fundação Nacional do Índio (Funai). O trabalho de Rondon junto aos indígenas rendeu frutos. Através dele foram criados: o dia do índio, a estruturação do Parque do Xingu e o desenvolvimento da Funai.


O ex-presidente Theodore Roosevelt dos Estados Unidos da América recebeu o Marechal Rondon numa expedição na floresta amazônica. Roosevelt exigiu que houvesse um objetivo científico de navegar e mapear o rio da Dúvida, que foi rebatizado logo após a expedição de Rio Roosevelt em homenagem ao presidente norte americano. O ex – presidente perdeu 30 quilos depois de ter adquirido malária. Passou fome e teve que enfrentar longos dias sobre os lombos de burros, animais capazes de suportar bastante peso, além de viajar em canoas propensa a virar devido às correntezas e pedras do rio da Dúvida.Depois da aventura o Roosevelt escreveu um livro “Nas selvas do Brasil” e dedicou ao Marechal Rondon.

Pauta e texto: Léia Castro
Edição: Marcela Ximenes

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Unidades de Pronto Atendimento de Porto Velho são alvo de reclamação de pacientes

Entre as principais deficiências encontradas nas UPAs apontadas pelo presidente do Cremero estão a falta de medicamentos e a baixa cobertura de efetivo médico
 
Fachada da Unidade de Pronto Atendimento da Zona Leste de Porto Velho (Foto: Hosana Morais/ Focas do Madeira)
Finalizadas e inauguradas em setembro de 2012, as Unidades de   Pronto Atendimento (UPAs) se localizam nas principais regiões da cidade de Porto Velho e funcionam 24 horas por dia. A verba para construção das unidades foi de R$ 10 milhões, um convênio entre o Governo Federal, a prefeitura de Porto Velho e a Usina Hidrelétrica de Jirau, em construção no distrito de Mutum-Paraná. Na época, foram prometidas cinco, mas após três anos somente duas saíram do papel.

As UPAs têm deixado a desejar tanto no atendimento quanto na limpeza do local, conforme constatou a dona de casa Laís Oliveira. Na manhã de uma quinta-feira de maio, a moradora da zona leste se encaminhou até a UPA de sua região. Ela sentia muitas dores no corpo e estava febril, e o que ela imaginou que seria um atendimento rápido, se tornou em penosa espera.  

“Cheguei lá umas 10h e sai umas 13h. Minha sorte que dessa vez tinha medicamento, por que das outras vezes tive que comprar”, disse Laís. A dona de casa falou que o atendimento é lento, o local está frequentemente sujo, além de reclamar de falta de médico que são insuficientes para atender os pacientes, segundo ela.


Sala de espera da UPA zona Leste às 17h de uma segunda- feirav(Foto: Hosana Morais/ Focas do Madeira)

UPA Jacy-Paraná
Segundo a autônoma Dulce Santos, que reside há nove anos no distrito de Jacy-Paraná a UPA da região é considerado um elefante branco pela população já que estão sendo gastos milhões e nada está finalizado ate o momento.

“Depois da enchente do ano passado, o local onde iniciou a construção vive alagado, e nenhuma resposta e dada população, a cada seis meses é feita uma promessa diferente e nada de se concretiza,” disse Dulce. 
A população do local já passou por diversos transtornos, segundo a autônoma, que certa vez teve que se dirigir a Porto Velho às pressas por seu filho necessitar de um atendimento e o posto da região não ter os medicamentos específicos.

“Meu filho tem uma alergia que fecha o pulmão e a ambulância que faz o transporte dos pacientes já estava a caminho de Porto Velho na mesma hora me encaminhei de táxi até a capital chegando lá, ele ficou internado no hospital infantil por alguns dias, com o efeito do tratamento podemos voltar para casa", conta.
 
De acordo com Dulce, a necessidade de existir uma UPA na região é devidoo local possuir apenas um posto de saúde e atender outros distritos. “Necessitamos sim de uma Unidade de Pronto atendimento e de forma rápida para que não possamos perder mais pessoas,” desabafou a moradora. 


Pacientes passam por triagem na unidade da zona Leste (Foto: Hosana Morai/Focas do Madeira)

Deficiências
Entre as principais deficiências encontradas nas UPAs apontadas pelo presidente do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), Rodrigo Almeida, estão a falta de medicamentos e a baixa cobertura de efetivo médico que, segundo ele, estaria em torno de 30%, e de 50%.

Rodrigo Almeida destacou que a estratégia de atendimento do programa Saúde da Família, dentro daquilo que é preconizado, muitas vezes acaba cobrindo o atendimento de urgência e emergência, justamente para desafogar o atendimento da UPA. “O paciente, muitas vezes, prefere ir imediatamente à UPA do que marcar uma consulta na Unidade Básica de Saúde(UBS). Ao chegar ao pronto-socorro, se depara com muita fila, espera, demora e é nesse momento que surge o conflito porque, na tentativa e no desespero de desafogar as UPAs, esses pacientes são mandados para o PSF, que por sua vez deixa de fazer o serviço de PSF para atender como uma UPA satélite”, explicou.

Cada UPA tem 1.500 mil metros quadrados. Foram investidos mais de R$ 2 milhões em equipamentos nas duas unidades de saúde. As unidades são do porte II e oferecem atendimento emergencial de baixa e média complexidade.


Atendimento
Pacientes na fila para retirar medicamento (Hosana Morais/Focas do Madeira)
O diretor da  Unidade e Pronto Atendimento zona leste, Roberto Lamarão, explicou que assumiu o cargo há um ano. “Desde que eu assumi muita coisa mudou, desde a escala dos médicos, ao tratamento ao paciente, nossa UPA encontra-se abastecida de medicamento, tendo em falta apenas um de modo geral que é usado para tratar infecções”, argumenta Lamarão.

Segundo o diretor, o maior pico dos atendimentos é às12h e às 19h. "É quando o trabalhador pode sair do seu trabalho para ver se consegue uma consulta na unidade", explica.

Sobre a falta de médicos, Roberto Lamarão justifica que muitos estão em férias, mas que a Secretaria Municipal de Saúde foi informada do problema. “Até inicio de julho terei novos médicos em pronto atendimento, estamos nos viramos como podemos, porém precisamos suprir essa falta,”, disse.

A enfermeira chefe da unidade, Flaviane Régis, explicou que muitos pacientes que vão à UPA não estão em estado de emergência ou urgência, podem esperar para serem atendidas nas UBS, porém insistem em procurar a UPA congestionando os atendimentos.“A maioria desses pacientes vem até de outras zonas, como a Sul ou Norte, pois sabem que aqui, mesmo demorando, atenderemos ele. Porém, eles não entendem que se chegar alguém baleado, esfaqueado ou acidentado teremos que dar prioridade,” destacou Flaviane.


Pauta e texto: Hosana Morais
Edição: Marcela Ximenes

Acidentes com vítimas reduzem 40% em 3 anos de Operação Lei Seca em Porto Velho, segundo o Detran

A média de acidentes diários baixou de 262 para 102.  Entradas de vítimas do trânsito no Pronto Socorro João Paulo II e a taxa de criminalidade nos bairros também diminuíram.

A fiscalização ‘Operação Lei Seca’ é realizada pela Polícia Militar e Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RO) desde março de 2012 em Porto Velho, medida imposta depois da promulgação da Lei Seca, em 2008, que tem o objetivo de reduzir os acidentes provocados por motoristas embriagados.


Em três anos os números de autuações durante as operações e de acidentes com vítimas em Porto Velho diminuíram. Em 2012, a média de acidente por dia era de 262, com maior incidência durante o fim de semana, 149 no sábado e 576 no domingo. Já em 2014 a média chegou a 102, 54 no sábado e 218 no domingo. As estatísticas são do Detran/RO.

Blitze são realizadas em pontos diversos da cidade (Foto:Detran/Divulgação)
De acordo com o comandante da Companhia de Trânsito da capital, o major PM De Lima, o balanço até aqui é bastante positivo. “Os números baixaram muito, e a tendência é ir melhorando, se puxarmos os números de 2010 dá pra perceber bem a evolução, eram 283 acidentes todos os dias, durante o fim de semana. Agora cabe aos motoristas se conscientizarem que nossa operação não é um castigo, mas um alerta”.

Outros números positivos, passados pelo gerente do Departamento de Comunicação do Detran, Solano Ferreira, estão relacionados aos atendimentos médicos e taxas de criminalidade. “A Secretaria de Segurança Pública percebeu a redução de 7% da criminalidade em diversas regiões onde são realizadas as operações, já a direção do Pronto-Socorro João Paulo II garante que as entradas de acidentados nos dias de Lei Seca é 15% menor, além de 25% de redução na entrada de acidentados de moto”.  

Legislação
É considerado crime quando o motorista é flagrado conduzindo veículos com índice de álcool no sangue superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de ar expelido ou seis decigramas por litro de sangue.

A pena de detenção pode variar de seis meses a três anos, multa de R$ 1.915,40, desconto de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), suspensão temporária da carteira de motorista ou proibição permanente de obter habilitação. Se o motorista tiver cometido a mesma infração nos 12 meses anteriores, o valor da multa é dobrado.
As operações Lei Seca são realizadas de quinta-feira a domingo, em pontos e horários pré-determinados pela equipe responsável pelas ações, coordenada por Hugo Correa.  

Efeitos do álcool
Segundo o psicólogo Antônio Gurgel Neto, a falta de cordialidade e paciência no trânsito pode estar ligada ao comportamento coletivo do ser humano. “No trânsito parece ser permitido falar mal, palavrões, xingamentos, e até os mais comedidos no cotidiano acabam se permitindo a vivenciar isso”. Ou até mesmo ao sono, já que as buzinas começam a funcionar logo pela manhã. “O sono mal dormido afeta o humor da pessoa, e consequentemente, o bom relacionamento com os demais”.

Quanto aos efeitos do álcool no organismo, Antônio explica que a substância é um depressor do sistema nervoso central, o que acarreta em prejuízos motor e psicológico. “O álcool inibe o nosso inibidor, e com essas inibições entra num estado de euforia, deixando a pessoa, neste caso o motorista, mais solto, com o pé mais pesado, sem muita percepção de que está muito rápido ou muito devagar, ou se o outro carro está mais longe ou bem perto”.

Pauta e texto: Karina Quadros
Edição: Marcela Ximenes

domingo, 7 de junho de 2015

Ficar aflito por ter esquecido o celular em casa pode ser sintoma de doença, alerta psicóloga

Batizada de nomofobia, fobia de angústia que aparece quando a pessoa se sente impossibilitada de se comunicar com alguém ou em algum lugar


Dependência do celular pode ser patológica
 (Foto: Débora Moutinho/Focas do Madeira)
A tecnologia é uma facilitadora da vida, mas também gera dependência. O celular é o equipamento mais comum nas ruas e tem gente que quase enlouquece se esquecê-lo em casa, como as estudantes de jornalismo Lívia Camelo e Rayane Cavalcante. Elas ficam conectadas o tempo todo. “Quando eu acordo, a primeira coisa que eu faço é pegar o celular, o aparelho está sempre do meu lado. É um vício”, diz Rayane. “Quando estou sem o celular fico mal humorada, dá uma agonia”, conta Lívia. 

Mas até que ponto esses aparelhos usados para falar com a família, amigos ou resolver assuntos de trabalho, deixam de ser uma necessidade profissional e passam a ser uma dependência patológica? A psicóloga Edith Schutz enfatiza que a partir do momento que a pessoa não consegue ter o autocontrole do aparelho, já é um sinal de alerta.

Outro que está sempre conectado é o funcionário público Gil Brito. Sempre está nas redes sociais e falando ao celular. Isso quando ele não faz tudo ao mesmo tempo. “Não sabia o tamanho do risco, agora vou prestar mais atenção, apesar do costume, quero diminuir o tempo que fico conectado.”

A síndrome 
Assim como Lívia, Rayane e Gil, muitas pessoas, principalmente os mais jovens, são mais do que ligados em tecnologia, são também dependentes. E esse problema já foi identificado pelos médicos como a nova síndrome dos tempos modernos, batizada de nomofobia, fobia de angústia que aparece quando a pessoa se sente impossibilitada de se comunicar com alguém ou em algum lugar. É um termo muito recente, que se origina do inglês: NoMobile, que significa sem celular. Daí a expressão. 

Gil Brito está sempre conectado
(Foto: Débora Moutinho/Focas do Madeira)
Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que no Brasil existe quase 273 milhões de celulares ativos e analisando esses números, o comportamento da juventude e as preferências de alguns adultos, chega-se a um cenário propício para o desenvolvimento desse tipo de vício. O estudo mostrou que cerca de 40% da população brasileira já pode ter esse distúrbio. 

“É importante a pessoa perceber que os smarthphones vieram como facilitadores e o problema não são eles, e sim o mau uso que pode-se fazer com eles. É importante usar a tecnologia de maneira saudável e moderada, caso contrário, problemas como dependência incontrolável, ansiedade, insônia e até doenças como a depressão.” Alerta a psicóloga.

Você é nomofóbico?
E você está sempre conectado? Qual a sensação ao perceber que esqueceu seu aparelho celular em algum lugar e que corre o risco de ficar desconectado por algum tempo? Quantas vezes você já se pegou chegando e-mails pelo celular ou verificando a cada cinco minutos se chegou alguma mensagem de texto? Se você se identifica com essas situações, cuidado. Esses podem ser sinais da Nomofobia, a síndrome da era digital. 

Faça o teste: 
Infografia: Kamila Pavão/Fonte: Teste publicado pelo jornal Folha de São Paulo

Pauta e texto: Débora Moutinho
Edição: Marcela Ximenes

Mulheres buscam o muay thai para ter o corpo perfeito e melhorar a condição física

A atividade melhora a aptidão física, define e fortalece os músculos, ajuda na agilidade motora, acelera o metabolismo e regula o sistema imunológico.

Magali dos Santos começou a praticar muay thay para melhorar a saúde (Foto: Lorena Sampaio/Focas do Madeira)
Uma nova tendência vem ganhando muitos adeptos em busca de melhorar o condicionamento físico e a estética corporal. A novidade é a pratica do muay thai, uma arte marcial milenar que tem origem tailandesa.

Em Porto Velho existem 14 academias todas devidamente credenciadas e aptas para exercerem as atividades, de acordo com o Conselho Regional de Educação Física (Cref). Em algumas dessas academias a modalidade muay thai é oferecida ao aluno como prática esportiva.

Magali dos Santos, de 45 anos mãe de dois filhos, pratica o esporte há dois anos. Ela procurou o muay thai por uma recomendação de um cardiologista. Magali fez a aula experimental, se identificou com a modalidade e gostou. A advogada diz que sofria com problemas de hipertensão e, após três meses praticando, a medicação foi suspensa pelo médico, pois os resultados de seus exames apontaram que a saúde dela estava melhor em  relação ao período antes dos treinamentos.

“Hoje, além de estar bem de saúde e sem tomar medicação, encontrei meu peso ideal. Eu precisava de uma atividade com ritmo intenso me identifiquei bastante e com isso só fui evoluindo, daqui pra frente é só saúde. ,Eu não acreditava nessa de dizer que atividade física fazia bem pra saúde, pensei que era só para parte estética, recomendo que todos façam é 100% saúde”, ressaltou Magali.

A estudante do ensino médio Camila Maria, de 16 anos, decidiu aderir a prática do muay thai por curiosidade. Antes a adolescente praticava musculação e achou melhor migrar para a arte marcial, pois segundo ela, os resultados apareceriam mais rápido. “Diferente da musculação, o esporte tem o exercício aeróbico intenso, melhorou minha musculatura e minha massa muscular se desenvolveu de forma adequada. Indico a prática porque além de ser bem agitado, durante os exercícios a pessoa fica com um fôlego melhor, acorda com mais disposição e desenvolve o metabolismo. Pretendo não parar, vou praticar o muaythai por um bom tempo”, frisou Camila.


Mulheres adquirem corpo ágil e técnicas de defesa pessoal (Foto: Lorena Sampaio/Focas do Madeira)


Benefícios da atividade
De acordo com o professor Júnior Sampaio, qualificado na modalidade, o muay thai melhora a aptidão física, define e fortalece os músculos, ajuda na agilidade motora, acelera o metabolismo e regula o sistema imunológico. Junior também afirma que para as mulheres, além de adquirir a defesa pessoal, o corpo fica bem mais flexível e a estima fica mais elevada.

Junior Sampaio diz que a procura pela modalidade aumentou. Ele afirma que não existe contra indicação a quem tem o interesse de fazer o treinamento, mas exige que o aluno passe por uma avaliação médica, para saber se está apto ou não na realização da atividade.

Pauta e texto: Lorena Sampaio
Edição: Marcela Ximenes

Fundação de Hematologia de Rondônia pede que população se torne doador voluntário de sangue

No estado, aproximadamente 60 mil doadores estão cadastrados no banco de sangue, no entanto apenas 9 a 10% retornam para novas coletas.

Número de doadores está abaixo do necessário (Foto: Marcondes Silva/Focas do Madeira)


A maior dificuldade da Fundação de Hematologia do Estado de Rondônia (Fhemeron) é ter novos doadores todos os dias para garantir a qualidade do sangue doado. Atualmente, mais de 60% dos doadores da fundação em todo estado é de parceiro credenciado que doa ao menos três vezes ao ano, informa a assistente social e responsável pelo setor de coleta da Fhemeron, Maria Luíza Ferreira.

“Existe uma preocupação e ao mesmo tempo necessidade de novos doadores, já que muitos não retornam para nova coleta”, explica Maria Luíza. Outra preocupação é a falta de doadores com a compatibilidade negativa, considerado raro.

É o caso da estudante de 17 anos Larisse Alves de Porto Velho, que é uma das 60 mil pessoas cadastradas na Fhemeron em todo o estado. A adolescente descobriu que é portadora de leucemia há quatro messes e luta para vencer a doença. “Não tenho dificuldade para tratar dessa doença, vou permanecer na luta”, afirma Larisse.

Larisse é atendida na Fhemeron
 (Foto: Marcondes Silva/Focas do Madeira)
Segundo Maria Luiza, a Fhemeron recebe pedidos diários do João Paulo II, Cemetron e hospitais particulares.

“Atendemos uma grande demanda no Estado, e precisamos que as pessoas tenham sensibilidade e se tornem doador credenciado”. No Estado de Rondônia aproximadamente 60 mil doadores estão cadastrados no banco de sangue, no entanto apenas 9 a 10% retornam para novas coletas.

A professora Iule Vargas, que é voluntária, conta que sofreu na pele o drama da falta de sangue quando a avó materna precisou de doação no Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho, e desde então passou a doar. “Faço o bem sem ver a quem”, disse, com um sorriso no rosto.

Como e onde doar
Além da capital, a fundação possui unidades nas cidades de Cacoal, Guajará-Mirim, Rolim de Moura, Ji-Paraná e Vilhena, que ficam abertas para o publico das 7h30 às 18h de segunda a sexta-feira aos sábados das 8h às 12h.

Requisitos para doação: Estar em boas condições de saúde, ter entre 18 e 69 anos de idade; 16 a 17 anos poderão doar acompanhado dos pais ou responsável legais; ter peso acima de 50 quilos; homem pode doar até quatro vezes ao ano em intervalo de 60 dias; mulher pode doar até três vezes ao ano ao intervalo de 90 dias

A instituição disponibiliza para a população dois telefones,  para agendamento de doação ligue 0800-642- 5744 e para obter informação disque (69) 3216-2234.

Pauta e texto: Marcondes Silva
Edição: Marcela Ximenes

Feirantes conquistam consumidores por produtos de qualidade e preços "em conta"


Produtores rurais, da agricultura familiar, ou apenas vendedores, homens e mulheres que vendem nas feiras entregam alimentos cultivados em Porto Velho

Dona Maria vende, entre outros produtos, molho de tucupi (Foto: Sara Cícera/Focas do Madeira)

Para ter uma vida saudável é necessário comer de tudo um pouco. Porém, na hora de escolher esses alimentos é importante prestar atenção na qualidade do produto. Hoje, as feiras oferecem uma variedade de alimentos, e é um lugar frequentado por consumidores que buscam produtos frescos, de boa qualidade e bom preço.

Uma boa parte dos feirantes é formada por produtores rurais. Eles produzem suas próprias mercadorias, muitos deles moram na zona rural de Porto Velho, como dona Margarida Barros, moradora do assentamento Joana D’Arc 3. Ela trabalha há oito anos na Feira do Produtor, produz e vende banana, abacaxi, farinha, pimenta e tucupi. “As mercadorias são produzidos no sítio, na agrovila. Eu sou feliz em trabalhar. É lutar pelo que a gente tem e pelo que a gente produz, é o que eu sei fazer, plantar e colher”, afirma dona Margarida

Quem está satisfeita com esses alimentos é a dona Maria Morais. Acompanhada de sua filha Dilanita Araujo vai sempre à feira fazer suas compras do dia a dia. Dona Maria gosta dos alimentos naturais, considera mais saudáveis.  “Eu gosto de comprar banana, castanha e verduras. O preço está bem em conta”, afirma dona Maria.

A Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Semagric) dá o suporte para os agricultores. O órgão cede estufa, trator para a aração e doação de calcário que ajuda no desenvolvimento das plantações.

Chapelão e Maria mantêm a família com o trabalho na Feira do Produtor (Foto: Sara Cícera/Focas do Madeira)
Seo Lorival Gomes, mais conhecido como Chapelão, garante que está satisfeito em trabalhar na feira há quase 10 anos. Ele e a esposa Maria Gomes trabalham juntos e é da feira que eles tiram o sustento da família. “ A minha vida inteira praticamente foi no sítio, na roça. Eu trabalho feliz e sou feliz”, declara Chapelão.

Como funciona
Aroldo Santos, diretor da Feira do Produtor
(Foto: Sara Cícera/Focas do Madeira)
Parece simples, mas para trabalhar na Feira do Produtor é necessário obedecer alguns critérios. O interessado tem que demonstrar que é um agricultor e que se enquadra na agricultura familiar, através de documentação e também tem que estar associado, pois é muito importante a participação para fortalecer as associações. Dessa forma, os projetos chegam com mais facilidades.

Se o candidato se enquadrar na agricultura familiar, ele tem direito de estoca, gradagem, calcário, o transporte da produção, um boxe na feira, vários auxílios que a Semagric oferece ao produtor. E, além disso, eles podem participar de outros projetos dentro da Semagric que oferece equipamentos como despolpadora de frutas, refrigeração de leite, tanques de leite a farinheira, tudo isso para as pessoas que necessitam e vivem da agricultura.

Segundo o diretor da Feira do Produtor, Aroldo Santos, é tudo bem organizado. “Isso é completamente grátis”, afirma Santos.

Pauta e texto: Sara Cícera
Edição: Marcela Ximenes

Domingo é dia de música, amigos e poesia

Há dois anos,  sem preparação alguma ou objetivo de alcançar grandes públicos, pelo menos no primeiro dia, começou um evento que reúne público diversificado em praças de Porto Velho

Público reunido na praça das Caixas d'Água (Foto: Douglas Diógenes / Mosh! Photography)

Você já deve ter percebido que muita gente de Porto Velho parou de reclamar por falta do que fazer no domingo, isso se deve a um evento que tem como objetivo reunir músicas, amigos e poesia num lugar só. O Acústico Lo-FI é uma reunião de amigos que sentam nas gramas das praças da cidade, dispostos a ouvir música e poesia durante a tarde de domingo. 

Para quem não sabe, “Lo-Fi” é um termo musical dado para um estilo de gravação musical de baixo custo. “Escolhi Lo-Fi porque já era um nome que eu tinha na minha cabeça e que não sabia onde usar, o nome caiu perfeitamente pra esse projeto”, contou Douglas Diógenes, fotógrafo e criador do Acústico Lo-Fi. 

Há dois anos as pessoas se reúnem nas praças da capital para ouvir música e passar um tempo com os amigos. Sem preparação alguma ou objetivo de alcançar grandes públicos, pelo menos no primeiro dia, e baseado em um show dos Rolling Stones na Inglaterra, o fotógrafo só pretendia reunir os amigos num domingo a tarde pra fazer um som acústico, recitar poesias e trocar idéias. “Reuni nessa primeira edição alguns amigos mais próximos e que estavam dispostos a participar daquela tarde até então estranha de domingo: Versalle, Última Forma, Nó da massa, Paulina Aisllin, Larissa Cidral, Par de Sais, SexyTape, Aurora, Sir Blues e os poetas José Danilo Rangel, Renato Gomez e Elizeu Braga. Isso foi em 19 de Maio de 2013”, conta Douglas. 

Após postar uma foto do evento nas redes sociais e fazer um segundo domingo tão improvisado quanto o primeiro, teve a surpresa de conseguir reunir umas 100 pessoas, dobrando o público do domingo anterior. “Uma das coisas que mais curto sentir no Lo-Fi é essa energia que se faz quando se junta todo mundo no espaço que estivermos pra celebrar um dia de arte e amizade”, declarou o autor do projeto. Nesses dois anos, mais de 70 diferentes apresentações aconteceram, passando por mais de cinco pontos da cidade levando o Lo-Fi. 

O fundador do projeto reconhece que era necessário procurar a prefeitura para obter autorização para eventos como esse, porém, nunca encontrou resistência do poder publico para realizá-lo. “Só chegamos num espaço público e montamos nossas coisas e assim os domingos acontecem. Na época do inicio, a secretária de cultura do município até participava do Lo-Fi como espectadora. O evento foi crescendo de uma forma rápida, mas nunca tivemos algo negativo, acho que graças a toda essa energia boa que todo mundo leva pro lo-fi, e nunca houve resistência da prefeitura.”

Muitas bandas tocam desde o primeiro ano do evento (Foto: Douglas Diógenes / Mosh! Photography)
Fora da expectativa 
Algumas bandas acompanham o projeto desde a sua criação e ganharam grande repercussão estadual por causa do Acústico Lo-Fi. “A banda foi crescendo junto com o evento, e conquistando a atenção do público com muita paciência e provações, o que mais animava a galera era ver várias bandas boas locais fazendo eventos e a Par de Sais imediatamente se tornou uma referência”, comentou Miguel Pacheco, baixista da banda Par de Sais, banda que participa desde o primeiro evento. 

Temporadas: 
O Acústico Lo-Fi já esta na terceira temporada. Geralmente,as temporadas acontecem de maio à setembro, quando começa o período de chuva e impossibilita o evento, tendo shows uma vez a cada quinze dias.  

Vá preparado!


Kit Lo-Fi (Foto: Géssica Castro/Arquivo Pessoal)
Já passou da hora de parar de reclamar que sua canga de praia está cheirando a mofo por não ter onde usar, sem dúvida, a canga é um dos principais itens do kit lo-fi.

Segundo Géssica Castro, frequentadora do Lo-fi desde a primeira edição, os itens que não podem faltar são sorrisos e amigos. E se você ficou interessado em participar do evento, confira a lista de outros itens indispensáveis 
1- Canga, toalha, lençol, tapete: Não importa o que, o importante é ter algo aconchegante para por em cima da grama e sentar para curtir os shows. 
2- Garrafinha de água: É sempre bom ter água por perto, ainda mais nesse tipo de evento, que você não quer perder nada e ainda economiza uma graninha. 
3- Câmera fotográfica ou celular: para registrar os bons momentos. 
4- Saco plástico: Se queremos um espaço disponível para esse tipo de evento, devemos mantê-lo limpo. Não deixe seus lixos pela grama. 

Pauta e texto: Êrica Blanc
Edição: Marcela Ximenes