O carnaval de rua de Porto Velho foi adiado por conta da cheia histórica do rio Madeira que atingiu a marca de 19,74, em abril deste ano . A decisão ocorreu durante uma reunião com a União dos Blocos de Rua (Uniblocos), a Federação das Escolas de Samba (Fesec) e representantes dos blocos carnavalescos e das escolas de samba juntamente com a ex-presidente da Fundação Cultural Jória Baptista e o prefeito da capital, Mauro Nazif.
Durante o encontro, o prefeito Mauro Nazif justificou a suspensão afirmando que não poderia oferecer o suporte necessário para a realização do evento pelo fato de os setores Civis, Militares e Ambientais estariam comprometidos em oferecer apoio aos atingidos pela enchente, bem como a Secretaria Municipal de Trânsito e os Corpos de Bombeiros para o resgate das famílias. Antes dessa decisão, os blocos Areal Folia, Furacão da Zona Sul e Axé Folia já haviam desfilado.
Segundo o presidente da Uniblocos, Benjamim Mourão, os blocos tiveram prejuízos consideráveis com contratos de banda e segurança e nas confecções de camisa. As escolas de samba também afirmam a existência de prejuízos devido à suspensão, inclusive, nos contratos com patrocinadores.
A Funcultural marcou uma nova data para ocorrer o carnaval que será durante a Copa do Mundo, a partir do dia 2 de julho.
Banda vai sair
Desfile da Banda do Vai Quem Quer (Foto: CassiRondônia) |
Os representantes da Banda do Vai Quem Quer entraram com um mandado de segurança pedindo autorização da Justiça para desfilar no sábado de carnaval, porém, na mesma época o Ministério Público Estadual em Rondônia ingressou com uma ação civil impedido a autorização da medida e o pedido negado.
“A decisão foi bem ruim, complicada, embora compreensível. Entendemos a situação e por isso não nos desanimamos”, afirma a presidente da Banda do Vai Quem Quer, Siça Andrade. O desfile da Banda está confirmado para o dia 5 de julho.
Avenida vazia
Pela falta de recursos, os desfiles das escolas de samba foram cancelados. Os recursos oferecidos pela Funcultural eram insuficientes para realizar a apresentação, segundo a Fesec. Foram disponibilizados para cada escola cerca de R$ 42 mil.
O presidente da Fesec, Antônio Cabeleira, relata a falta de apoio que teve do município e do governo. “É difícil fazer cultura nesse lugar”, reclama.
Antônio Cabeleira afirma não pensar mais no desfile de carnaval. A previsão é de as escolas se apresentarem no dia 2 de outubro no evento do centenário de Porto Velho. Mas ainda não há nada confirmado.
Além dos contratos cancelados com patrocinadores, as escolas de samba tiveram prejuízos com materiais comprados que agora ficarão no depósito para ser usado no centenário ou para o carnaval de 2015.
“É triste pra nós sambistas vermos nossos brincantes chorar, diretores chateados. Eles constroem pensando que o evento será realizado e se decepciona ao ver que não acontece, gostaria de ter apresentado um grande espetáculo, infelizmente, a natureza não deixou”, finaliza.
“A decisão foi bem ruim, complicada, embora compreensível. Entendemos a situação e por isso não nos desanimamos”, afirma a presidente da Banda do Vai Quem Quer, Siça Andrade. O desfile da Banda está confirmado para o dia 5 de julho.
Avenida vazia
Avenida Migrantes onde ocorrem os desfiles das escolas de samba (Foto: Manu Pontes/Focas do Madeira) |
O presidente da Fesec, Antônio Cabeleira, relata a falta de apoio que teve do município e do governo. “É difícil fazer cultura nesse lugar”, reclama.
Antônio Cabeleira afirma não pensar mais no desfile de carnaval. A previsão é de as escolas se apresentarem no dia 2 de outubro no evento do centenário de Porto Velho. Mas ainda não há nada confirmado.
Além dos contratos cancelados com patrocinadores, as escolas de samba tiveram prejuízos com materiais comprados que agora ficarão no depósito para ser usado no centenário ou para o carnaval de 2015.
“É triste pra nós sambistas vermos nossos brincantes chorar, diretores chateados. Eles constroem pensando que o evento será realizado e se decepciona ao ver que não acontece, gostaria de ter apresentado um grande espetáculo, infelizmente, a natureza não deixou”, finaliza.
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Pauta e texto: Manu Pontes
Edição: Marcela Ximenes
Edição: Marcela Ximenes
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